Carros híbridos e elétricos são econômicos? Consumo em km\kWh!

Em Automóveis e veículos por André M. Coelho

Carros híbridos e elétricos tem realmente um consumo consideravelmente menor do que seus parentes movidos apenas a gasolina. Fazendo um comparativo de valores entre um modelo elétrico e um carro a gasolina, vamos comparar os custos da eletricidade por km e da gasolina.

Considerando que cada litro da gasolina custa aproximadamente R$2,60, um carro com consumo médio de 10 km/litro, ao percorrer 120 km irá gastar um total de R$31,20 em combustível. Agora, com o custo médio de R$0,29 por kWh e um rendimento de 11 km/kWh, um carro elétrico gastaria apenas R$3,20 para percorrer o mesmo trajeto. Um carro híbrido reduz consideravelmente os custos com gasolina, uma vez que o motor elétrico substitui o motor a gasolina em momentos onde o consumo é maior, normalmente no momento do arranque e em baixa velocidade.

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Agora, será que o investimento no veículo híbrido se paga rapidamente e vale a pena? Os carros elétricos e híbridos no Brasil tem valores de mais de R$100.000,00 e não há nenhum incentivo em prol deste tipo de veículo, uma vez que nosso combustível limpo de maior investimento e lucratividade ainda é o etanol e o lobby por investimentos na área ainda é grande. Mesmo assim, o golpe financeiro dos preços da gasolina e do etanol cada vez mais elevados podem atrair mais consumidores para os “veículos ecológicos”.

Optar por modelos que prometem melhor quilometragem por litro através de novas tecnologias não necessariamente poupam dinheiro. Com a exceção de dois híbridos, o Prius e o Lincoln MKZ e modelo diesel Volkswagen Jetta TDI, o custo adicional das tecnologias de baixo consumo de combustível é tão alto que levaria os anos muitos para um condutor médio (em alguns casos mais de uma década) para pagar pela tecnologia, em comparação a novos modelos convencionais com motores de combustão interna.

As diferenças entre os tipos de veículo

Na tabela, em inglês, temos um comparativo entre os sistemas que colocam o veículo para rodar. Vemos que o carro elétrico ganha muito na liberdade do consumidor e no valor social, além dos menores preços, enquanto o carro a gasolina ganha no tempo de abastecimento e na quilometragem que podem fazer com apenas um reabastecimento. (Foto: hybridcars.com)

O custo adicional das novas tecnologias está limitando a capacidade dos carros com maior eficiência com combustíveis ganhar um apelo mais amplo. Vendas de híbridos subiram, mas eles ainda representam muito pouco do mercado total. O ponto onde um carro pode realmente ir atrás de um mercado de massa é quando o preço começa a fazer sentido no papel. Se a indústria quer essas tecnologias para as massas, os preços ainda precisam descer muito.

Então, por que alguns compradores pagam mais por uma tecnologia avançada que não pode ajudar a poupar dinheiro? Muitos nunca fazem a matemática ou eles tendem a superestimar a quilometragem. Alguns veem a maior quilometragem como melhor para o valor de revenda, na esperança de se sair melhor no fim das contas.

Outros veem claramente a economia de combustível como um bem para o meio ambiente, independentemente do custo. O Prius, por exemplo, se tornou um sucesso em parte porque os motoristas queriam dirigir e serem vistos dirigindo um híbrido.

Os consumidores não vão necessariamente buscar poupar dinheiro quando compram um veículo de baixo consumo de combustível. Muitos só querem um veículo que consome menos gasolina e alguns estão dispostos a pagar um valor modesto a mais para um híbrido, poupando um pouco de dinheiro. Há provavelmente uma percentagem de consumidores que está ciente do custo e benefício e dos benefícios para a natureza que um híbrido ou elétrico pode trazer. Mas enquanto a mentalidade dos governos não mudar e não houver incentivos e investimentos em tecnologias mais “limpas”, a tendência é que os carros elétricos e híbridos ainda sejam privilégios para apenas alguns poucos compradores.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.

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