Quais graxas são usadas nos carros?

Em Automóveis e veículos por André M. Coelho

Fala se muito sobre os óleos para motor, mas pouco sobre as graxas que são utilizadas em um automóvel. Esses componentes são essenciais para o funcionamento de rolamentos, molas, chassis, e muitos outros componentes que precisam de lubrificação para o melhor desempenho.

Tipos de graxa

Sobre as graxas: em média, a graxa é um composto de óleo (70%), Espessante (20%) e aditivos (10%). Elas tem a vantagem de não escorrer e se fixar no local da aplicação, além de vedar rolamentos contra a entrada de poeira e água. Algumas ainda protegem contra a corrosão, graças à aditivos especiais.

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Diferentes tipos de graxas variam em sua composição. Umas podem ser mais fluidas, enquanto outras podem ser mais espessas. Os aditivos também podem mudar de acordo com o uso da graxa. Pode ser um uso que exige uma menor umidade no local, ou uma maior proteção a altas temperaturas.

Seja qual for o uso, há sempre uma graxa para a lubrificação, e os diferentes componentes do veículo que usam graxas para seu funcionamento são descritos abaixo.

Graxa automotiva para chassi

Para a lubrificação geral do chassi, se utiliza uma graxa extremamente barata, normalmente uma com base de sabão de cálcio. Ela tem a vantagem de ser barata, e ser hidrorepelente, isto é, repele com facilidade a água, o que ajuda a evitar a corrosão.

Graxa em veículo

A lubrificação adequada das peças do veículo vai conservar por mais tempo e evitar acidentes. (Foto: Blog Loucos por Carro)

Graxa para rolamentos de rodas e outros

Os rolamentos das rodas são normalmente lubrificados com graxa de lítio comum, sem grande aditivação. O mesmo vale para suspensão, direção, bomba d’agua, molas, cubos de roda e juntas universais. Quando a aplicação requer uma graxa um pouco mais resistente, se lubrifica o ponto com graxas aditivadas com EP (extrema pressão). Essas graxas mantém suas características básicas de lubrificação mesmo em condições extremas.

Graxa para feixes de mola

Nesta aplicação se utiliza graxas a base de cálcio aditivadas com grafite. Esse tipo de aplicação ajuda a conservar o feixe de molas por muito mais tempo, evitando também incômodos rangidos que podem aparecer com o desgaste natural do material.

Graxa para fechaduras e apoios de bancos

Nestes casos, emprega se petrolato (vaselina) por ser incolor e sujar menos em caso de contato acidental com a mão ou a roupa, por serem partes do veículo que são mais sujeitas a encostarem. Porém, é necessário lembrar que sujeira pode se aderir a esses materiais, e será necessária uma limpeza na troca da lubrificação para evitar que eles sujem os ocupantes do veículo.

Graxa para componentes elétricos

Nos pontos de contato elétrico, pode se aplicar graxas protetivas hidrorepelentes para proteção contra a corrosão. Estes tipos de graxas não são condutoras de eletricidade. Também é usado graxas líquidas penetrantes, para soltar parafusos e outros elementos elétricos que estejam engripados e difíceis de soltar.

Graxa para cáliper do freio

A lubrificação das partes que integram o freio é normalmente feita com uma graxa aditivada com cobre, pois a temperatura se eleva muito nestes locais, e o cobre resiste à altas temperaturas como lubrificante entre as partes que se tocam. Em alguns casos, quando falta lubrificação, pode se ouvir um chiado vindo das placas de freio na parte traseira.

A manutenção preventiva da lubrificação de veículos

Veículos de carga e automóveis mais antigos requerem a lubrificação geral do chassis em períodos de aproximadamente 1.500 KM de uso. Em automóveis modernos, os pontos do chassis dispensam lubrificação. Os mancais de rolamento de cubos de roda são re-lubrificados em intervalos de aproximadamente 50.000 KM, variando nas diversas marcas de veículos. Manter esse tipo de cuidado preservará seu veículo por muito mais tempo, além de contribuir para evitar danos e possíveis acidentes.

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Sobre o autor

Autor André M. Coelho

O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.

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